PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE HANSENÍASE EM UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol15n54.4766Palabras clave:
Doenças transmissíveis, epidemiologia, saúde públicaResumen
Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, sendo considerada um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Objetivo: Apresentar as características epidemiológicas, clínicas e a distribuição espacial de casos de hanseníase no estado do Piauí entre os anos de 2011 a 2015. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo de base populacional, utilizando dados secundários de hanseníase registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação e disponibilizados no site do Departamento de Informático do Sistema Único de Saúde. Resultados e conclusões: Foram notificados 6.378 casos, com incidência média de 0,63 casos/100.000 habitantes. Os casos por faixa etária variaram entre 35 e 49 anos para o sexo feminino e entre 50 e 64 anos para o sexo masculino. O modo de detecção foi feito em 43,5% dos casos através de encaminhamento. 69,3% dos pacientes obtiveram cura. A classificação operacional multibacilar prevaleceu para o sexo masculino e paucibacilar para o sexo feminino. 67,1% dos pacientes não apresentavam nenhum grau de incapacidade física e apresentavam de 2 a 5 lesões. 38,5% fazia uso de esquema terapêutico com PQT/PB/6doses e 60,3% faziam com PQT/MB/12doses. A maior ocorrência dos casos no ano de 2011 foi observada no município Pedro Laurentino; em 2012 no município de Passagem Franca do Piauí; 2013 no município de Flores do Piauí; 2014 no município de Cristino Castro e em 2015 no município de Santa Rosa do Piauí. Conclui-se que a hanseníase é uma doença grave, muitas vezes negligenciada, e que requer atenção especial por parte das autoridades de saúde pública.
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