AUTOCUIDADO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SEGUNDO O NÍVEL DE ORIENTAÇÃO PARA A DIETA E ACOMPANHAMENTO MÉDICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Hipertensão arterial e orientação para a dieta

Autores/as

  • Maisa Pereira Vieira Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Graduanda do Curso de Graduação em Nutrição. https://orcid.org/0000-0003-1127-9353
  • Diego Alves dos Santos Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação Física associado à Universidade Federal de Juiz de Fora e Universidade Federal de Viçosa. https://orcid.org/0000-0001-8535-0509
  • Andreia Cristiane Carrenho Queiroz Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Departamento de Educação Física https://orcid.org/0000-0003-1985-2388
  • Clarice Lima Alvares da Silva Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Departamento de Nutrição https://orcid.org/0000-0002-1257-8964

Palabras clave:

Educação em saúde, Adesão ao tratamento, Pressão arterial

Resumen

Introdução: Estilo de vida inadequado, hábitos alimentares não saudáveis e fatores genéticos são considerados fatores de risco para o mal controle da hipertensão. Objetivos: Avaliar o consumo dos marcadores da alimentação, estado nutricional e condições de vida e de saúde entre hipertensos, segundo orientação médica e alimentar recebida. Materiais e Métodos: Estudo realizado com 109 indivíduos (≥40 anos) hipertensos, adscritos na Estratégia de Saúde da Família. Aplicou-se questionário sobre informações pessoais, socioeconômicas, de saúde e ocorrência de orientação médica, além do recordatório de 24 horas para verificar o consumo dos marcadores da alimentação. O estado nutricional foi classificado por meio do índice de massa corporal. Adotou-se como significante p<0,05. Resultados: A amostra era predominantemente feminina, idosa, com baixo nível de renda e escolaridade, vivendo com companheiro, que apresentavam percepção razoável/boa da própria saúde, realizavam atividades físicas, não possuíam hábitos de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Observou-se a presença de uma ou mais doenças diagnosticadas previamente, elevado uso de medicamentos e excesso de peso. Houve maior ocorrência de consumo de marcadores da alimentação saudável, principalmente feijão, do que alimentos não saudáveis, onde predominaram bebidas adoçadas. 94,5% recebeu alguma orientação médica ou alimentar. Sexo feminino, excesso de peso e uso de medicamentos se associaram à orientação médica e médica e alimentar, enquanto consumo de verduras e legumes se associou apenas à orientação médica e alimentar. Conclusão: A orientação alimentar associada a orientação médica foi insatisfatória, sendo as mesmas associadas às condições de maior autocuidado e acompanhamento de risco na população.

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Biografía del autor/a

Maisa Pereira Vieira , Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Graduanda do Curso de Graduação em Nutrição.

Universidade Federal de Juiz de Fora – campus Governador Valadares. Graduanda do Curso de Graduação em Nutrição. Governador Valadares. Minas Gerais. Brasil

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Publicado

2022-02-09