PRAZER E SOFRIMENTO NO TRABALHO DE DOCENTES DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Marcelo Nunes da Silva Fernandes Universidade Federal de Santa Maria
  • Luis Felipe Dias Lopes Universidade Federal de Santa Maria
  • Daniel Arruda Coronel Universidade Federal de Santa Maria
  • Teresinha Heck Weiller Universidade Federal de Santa Maria
  • Viviani Viero Universidade Federal de Santa Maria
  • Paula Hübner Freitas Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n53.4610

Palavras-chave:

Enfermagem, saúde do trabalhador, docentes

Resumo

Introdução: O trabalho tem sido considerado elemento fundamental na sociedade e uma categoria central na vida dos homens. Objetivo: Evidenciar nas produções científicas os fatores que geram prazer e sofrimento na docência de enfermagem. Método: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde, Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Dados Bibliográficos na Área de Enfermagem do Brasil, no período de agosto a setembro de 2015, utilizando-se como descritores “enfermagem”, “prazer”, “sofrimento” e “docentes”. A amostra constituiu-se de quatro artigos, sem recorte temporal. Resultados: Os principais fatores de prazer na docência de enfermagem são a interação entre docente e aluno, como também a valorização e o reconhecimento profissional, sendo o principal fator de sofrimento o relacionamento interpessoal. Conclusão: Constatou-se que tais sentimentos aparecem interligados, pois são fortemente influenciados pelas relações no trabalho. Destaca-se que é imprescindível preocupar-se com a saúde do docente de enfermagem, com vistas a ressignificar os fatores de sofrimento, buscando novos sentidos para seu ofício, os quais possam culminar em prazer e satisfação.

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Biografia do Autor

Marcelo Nunes da Silva Fernandes, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeiro da Prefeitura Municipal de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Luis Felipe Dias Lopes, Universidade Federal de Santa Maria

Professor Associado do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Daniel Arruda Coronel, Universidade Federal de Santa Maria

Professor Adjunto do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Teresinha Heck Weiller, Universidade Federal de Santa Maria

Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutora em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Viviani Viero, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira do Ambulatório de Quimioterapia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Paula Hübner Freitas, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Publicado

2017-10-18

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO